A princípio a cidade de Manaus, no coração da Amazônia brasileira, está enfrentando uma crise ambiental alarmante, à medida que uma densa nuvem de fumaça encobre a região. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou que essa fumaça, que obscurece o céu manauara, tem sua origem nos municípios do Careiro e Autazes, na região metropolitana da capital. O fenômeno, que tem sido denominado como uma “onda de fumaça,” está sendo impulsionado por incêndios devastadores, predominantemente causados por práticas agropecuárias irresponsáveis.
A Origem da Fumaça
Conforme o Superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, revelou que a fumaça sufocante que está cobrindo Manaus está vindo dos municípios vizinhos. Essa “onda de fumaça” é o resultado direto de incêndios florestais que estão ocorrendo em áreas significativas de agropecuária. Os agropecuaristas dessas regiões, em busca de novas áreas de pastagem e agricultura, têm recorrido ao uso do fogo como uma ferramenta para limpar terras, prática essa que tem consequências catastróficas para o meio ambiente e a saúde pública.
O Impacto Ambiental e a Emergência Ambiental Declarada
O estado do Amazonas declarou uma situação de emergência ambiental devido ao aumento exponencial de incêndios florestais. Estes incêndios têm devastado vastas áreas de vegetação natural, liberando enormes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera e comprometendo a biodiversidade da região. Além disso, a fumaça resultante desses incêndios tem contribuído significativamente para a poluição do ar, colocando Manaus entre as cidades com pior qualidade do ar no mundo.
O Papel dos Agropecuaristas na Crise Ambiental
A prática do uso do fogo na agricultura, embora muitas vezes considerada uma técnica tradicional, tem efeitos devastadores quando utilizada de forma indiscriminada e irresponsável. Agropecuaristas que recorrem a essa prática para limpar terras acabam desencadeando incêndios incontroláveis que destroem habitats naturais, ameaçam espécies de fauna e flora e comprometem os recursos hídricos da região.
A Ação do Ibama e as Medidas de Contenção
Para combater essa crise, o Ibama mobilizou uma equipe de 45 brigadistas para conter o maior incêndio da região, localizado no município do Careiro. Esses heróis do meio ambiente estão trabalhando incansavelmente para conter as chamas e limitar a propagação da fumaça para Manaus. Além disso, o Ibama está intensificando seus esforços para conscientizar os agropecuaristas sobre as práticas agrícolas sustentáveis e seguras, incentivando o abandono do uso indiscriminado do fogo.
Os Impactos na Qualidade do Ar e na Saúde da População
A fumaça proveniente desses incêndios não representa apenas uma ameaça para a flora e fauna da Amazônia, mas também para a saúde da população local. A inalação de partículas finas presentes na fumaça pode desencadear uma série de problemas respiratórios, especialmente em crianças, idosos e pessoas com condições médicas pré-existentes. A qualidade do ar em Manaus tem sido prejudicada de forma significativa, o que representa uma séria preocupação para as autoridades de saúde pública.
A Responsabilidade Coletiva na Preservação Ambiental
Esta crise ambiental em Manaus deve servir como um chamado à ação para todos. A responsabilidade de preservar nosso meio ambiente não recai apenas sobre os ombros do governo ou das organizações de conservação. Cada indivíduo tem um papel crucial a desempenhar na promoção de práticas sustentáveis e na proteção dos preciosos ecossistemas do planeta.
Enfim, a fumaça que encobre Manaus é proveniente dos incêndios causados por agropecuaristas na região metropolitana. Um lembrete doloroso dos impactos devastadores das atividades humanas irresponsáveis sobre o meio ambiente. A crise atual destaca a urgência de adotar práticas agrícolas sustentáveis, educação ambiental e reforçar as leis e regulamentações ao uso do fogo na agricultura. A preservação da Amazônia e de seus habitantes, humanos e não humanos, depende do nosso compromisso coletivo em proteger e cuidar do nosso planeta.
Fonte: G1